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Adele, de novo e sempre

  • Foto do escritor: Renato Senis Cardoso
    Renato Senis Cardoso
  • 5 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

Não tem como deixar de dedicar espaço a Adele, a cantora inglesa que aos 27 anos tornou-se um ponto fora da curva descendente da indústria fonográfica e quase sem nada de novo, além da belíssima voz e repertório e é claro, com uma imagem que nos remete à década de 1960. Tem mais: com tudo muito simples, pois lança um disco cujo nome é um número, correspondente à sua idade na época da composição. Sua voz é forte, canta emocionada e predomina sobre os instrumentos. Cativa também pelas letras das melodias que sempre nos mostra o lamento por desilusões amorosas. Adele, com seu novo álbum, 25, repete a fórmula dos dois trabalhos anteriores, considerado monótono para alguns, mas adorado por milhões e a prova maior está na vendagem de 2,4 milhões de cópias nos Estados Unidos, que vem a ser o álbum mais vendido do ano no país, também batendo o recorde histórico de vendas na primeira semana do lançamento, que pertencia a "No strings attached", do extinto grupo NSync. Mas há que se considerar que o álbum do NSync foi lançado em 2000, quando a indústria fonográfica movimentava US$ 26 bilhões ao ano, quase o dobro do valor atual, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica.

Imune à crise, a britânica mostra um desempenho comercial que faz dela uma anomalia na música pop, pois enquanto muitos esperam que as plataformas de "streaming" são a salvação para a indústria, a inglesa proibiu esses sites de reproduzir o disco. O que deu? A decisão contribuiu para aumentar as vendas de 25, título do novo álbum.

Adele não usa redes sociais para se promover e segue mão contrária de quase todas as cantoras de sua idade, como Taylor Swift, Katy Perry e Rihanna. Ela não escreve no Twitter e no Facebook devido ao “medo de publicar algo que não deveria, por estar bêbada”. Só agora, com o álbum explodindo no mundo em aceitação e vendagem é que começou a circular, frequentando programas de entrevista, para divulgar o álbum. Afirma que prefere passar mais tempo com o filho de 2 anos.

Além do talento natural, há um aspecto relevante a ser considerado: ela é uma cria da Brit School for Performing Arts & Technology, escola que também ajudou a desenvolver o (pouco ou muito, dependendo do caso) talento de nomes como Amy Winehouse, Leona Lewis e Jessie J. Foi em janeiro de 2008 que lançou seu primeiro disco, 19, em que são imediatamente reconhecíveis suas fontes de inspiração: vultos do jazz e do soul, como Etta James e Ella Fitzgerald e cantoras de estilo mais adulto, como Annie Lennox e Dusty Springfield, quando a música pop reverenciava Amy Winehouse, que bebia na mesma fonte de Adele e tinha mais personalidade. Não havia espaço para mais ninguém. O segundo álbum de Adele, 21, saiu no começo de 2011, com letras autobiográficas sobre o fim de um namoro (“Someone like you” ) e a volta por cima (“Rolling in the deep”). Adele não se arriscou musicalmente e o conservadorismo funcionou: as canções de 21 atraíram a atenção de crianças, adolescentes e dos pais dessas crianças e adolescentes. O disco estourou, vendendo até hoje mais de 30 milhões de cópias, fazendo com que a cantora ganhasse pontos ainda por não se encaixar nos padrões de beleza de outras pop stars: gordinha e linda, virou exemplo para as meninas que não fazem questão de ser magras.

Em 25 o vozeirão vai em primeiro plano ao lado do piano, como no megahit “Hello”, a seguir, e em faixas como “When we were young” e “Remedy”. Uma das poucas que destoam do clima vetusto é a alegre e irônica “Send my love (To your new lover)”. Pode soar monótono, mas a voz poderosa garante o sucesso com milhões. Inovar para quê?


 
 
 

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© 2015 por Renato Cardoso - Soluções em Comunicação.

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