POEMA BANAL
- Renato Senis Cardoso
- 21 de nov. de 2015
- 1 min de leitura
(Às moçoilas casadoiras que conservam, nos dias de hoje, a mesma alma de antigamente)

quero fazer um poema banal como alguém que coma um doce de abóbora e se delicie
tão banal que quando vier a terminar (e ainda lambendo os lábios) pergunte: -qual a receita?
mais banal ainda tão mais banal que, passada a receita a mocinha (suponho que quem esteja comendo o doce seja a mocinha da casa da varanda) copie-a pacientemente em seu caderno de receitas
e depois, finda a empreitada olhe liricamente para o caderno e suspire e o guarde entre as coisas de seu enxoval
Luiz Vitor Martinello




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