Amaury Jr. afirma que a crise chegou aos ricos.
- Renato Senis Cardoso
- 16 de nov. de 2015
- 2 min de leitura

"Eu sei das madrugadas sem fim que passei acordado", diz Amaury Jr. sobre a crise que chega à classe A.
Com mais de 50 mil entrevistas em 35 anos de carreira, Amaury Jr. terá sua trajetória revista no livro A Vida É Uma Festa (Harper Collins Brasil), de Bruno Meier. "Já fiz cinco livros contando as histórias que coleciono de todo esse tempo, mas nunca tinha pensado em fazer minha própria história. Não sei se ela é tão bacana a ponto de despertar interesse", diz, modesto, o maior colunista social do país. Quando perguntado se sua vida é mesmo uma festa, respondeu: "Longe disso. A TV passa só o glamour, mas não é bem assim: só eu sei das madrugadas sem fim que passei acordado, sempre com sorriso no rosto, das muitas viagens, dos aniversários dos meus filhos que não consegui estar presente. Minha vida pode parecer um mar de rosas, mas tem muito trabalho. Ninguém sabe o outro lado. Amaury Jr. conta no livro, qual foi seu entrevistado mais difícil. "O Luis Fernando Veríssimo é um gênio escrevendo, mas falar não é com ele", afirma. A Celine Dion também não foi fácil e fez milhões de pedidos, especificações técnicas de enquadramento de câmera e luz. Mas acabou dando certo." Bruno Astuto lascou a pergunta: "quem compõe a sociedade hoje?" "A expressão socialite virou pejorativa, o mundo mudou e isso não existe mais. Cidades como Rio e São Paulo tinham um núcleo de gente que fazia a vida acontecer. O saudoso Ibrahim Sued, sabiamente, as chamava de locomotivas sociais. Era quem tocava a cidade para frente. Hoje existem tribos diferentes, o dinheiro mudou de mãos e está tudo diluído." As festas estão empobrecendo, o champanhe já não é mais o mesmo e é raro encontrar um bom caviar", afirma Amaury Jr. , aqui em fFoto: Luiz Tripolli).




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