top of page

Praça Legal foi alvo de rejeição


A reforma na Praça Rui Barbosa, recentemente concluída e que custou mais de R$ 500 mil, sendo R$ 300 mil do Governo Federal, através do Ministério de Turismo, foi um dos temas que mais se destacou na Sessão Ordinária de ontem, 30/11. Durante o uso da tribuna, os vereadores cobraram o Governo Municipal sobre o investimento realizado e que não alterou o visual da praça centenária, principalmente nas áreas verdes, com o plantio de árvores e a instalação de bancos, como o projeto inicial indicava. Os vereadores seguem na linha de grande parte da população bauruense e de muitos internautas que nas redes sociais se manifestaram contrários ao que foi apresentado e criticaram duramente o resultado das obras de reforma e revitalização da Praça Rui Barbosa, sendo que os principais questionamentos giraramm em torno da relação entre as poucas mudanças concretas observadas após a retirada dos tapumes, que cercaram o local por quase um ano, e com um valor investido nas intervenções na ordem de R$ 654 mil. A Comissão de Obras da Câmara Municipal, em razão de, decidiu que se debruçará sobre o caso, enquanto o edil Markinho tenta ponderar a Raul, Artemio, Lima, Carlão e Carlinhos sobre normalidade da obra. As medidas terão início hoje, quando será feita uma série de pedidos de informações: desde o projeto executivo que norteou os serviços da empresa contratada, passando pelos relatórios de fiscalização e medição dos trabalhos, até as notas fiscais emitidas pela Astolfi Construtora. “Queremos toda a documentação antes de convocar os secretários responsáveis para que tenhamos embasamento nos questionamentos”, pontuou o líder da oposição e membro da comissão de Fiscalização, Lima Júnior (PSDB), que foi até a praça no sábado e lá constatou que nada mudou após a reforma. Chegou a ironizar quanto ao fato de ocupantes de cargos em comissão da prefeitura terem sido escalados para limpar e lavar a Rui Barbosa no domingo, graças também à colaboração pessoal de R$ 250,00 do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) para a compra do produto químico utilizado no serviço. “Como ele é benevolente, não é mesmo? E todo o dinheiro público que foi gasto para nada? De quem é a responsabilidade pela fiscalização e, principalmente, pela elaboração do projeto arquitetônico da obra? Precisamos tomar cuidado porque a incompetência, quando praticada muitas vezes, pode nos levar a nos acostumarmos”, bradou Lima. Por sua vez, o prefeito ficou satisfeito com o resultado da obra, conforme declarou, mas também queria mais árvores no espaço. “Se nem ele, que é o maior marqueteiro político que conheço, aprovou o que foi feito, é porque a coisa está medonha. E o pior de tudo é que ainda querem inaugurar essa patifaria”. Sandro Bussola (PT), presidente da Comissão de Fiscalização, classificou a revitalização da Rui Barbosa como “decepcionante” e frisou que nem mesmo as ondulações no solo foram corrigidas, lembrando que parte do dinheiro utilizado foi liberado pelo Ministério do Turismo. “Ainda teve aditivo de 15% no valor do contrato. O Executivo não deveria receber com surpresa porque tudo passou por lá. Ninguém licita uma obra sem conhecer o projeto, que deveria ter sido muito mais ousado”, lamentou. O governista Carlão do Gás (PR) não fez críticas à obra, pois segundo ele, se não bastasse a “destruição” da estrutura original da praça, no início da década de 1990, conseguiram, agora, deixá-la feia.T A vereadora Telma Gobbi (PMDB) disse estar “estarrecida” com a ideia de a cidade de Bauru não conseguir dizer se sua praça está melhor ou pior depois de uma reforma. Markinho da Diversidade (PMDB) só disse que o secretário de Obras, Sidnei Rodrigues, está à disposição para sanar toda e qualquer dúvida da Câmara Municipal, enquanto Fabiano Mariano (PDT) endossa as críticas dos colegas e lembra que a má qualidade do projeto e do serviço executado só pôde ser constatada porque a reforma da Rui Barbosa é uma obra que está à disposição das vistas de todos os munícipes.“Imaginem como andam os serviços que não conseguimos enxergar, que estão debaixo da terra. Temos os exemplos da rede de galerias recentemente instalada e, agora, milhões sendo investidos nos interceptores da Nuno de Assis e na construção da Estação de Tratamento de Esgoto”, observou.


Renato Cardoso, jornalista, publicitário e bacharel em direito.

Sou um jornalista, com foco na política e apenas porque entende que, mais do que nunca, temos que decidir de vez a questão de ética entre os homens atores que atuam no meio, levando nosso País ao patamar mais baixo possível. Vamos falar sério para que sérios sejam nossos políticos.

Procure por Tags
Nenhum tag.
  • Facebook Black Round
  • Google+ Black Round
  • Tumblr Black Round
bottom of page