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Tempo de amolar o machado

A famosa frase se adéqua bem à política local, -pelas insinuações dos profissionais da área, que ensaiam jogadas imaginando espetaculosas, aqui e ali no cenário.

Vamos a umas realidades, começando por Clodoaldo Gazzetta, que já é mais PMDB do que Michel Temmer, com direito à presença da esposa Lázara na cúpula da administração municipal, por acaso em mãos do partido. Mas o que levaria Gazzetta a sair do PV, ele que se apresenta como ambientalista e há anos persiste em candidaturas, horas para a prefeitura e horas para a Assembléia Legislativa ou Câmara Federal, sem êxito, por sinal? Não se afirma nada, mas está mais que evidente que já está de malas prontas e ao fato há uma explicação: no Partido Verde tem um Raul de Paula, detentor de mandato de vereador e muito articulado, que vem trabalhando faz tempo para obter apoio de partidos outros e já se comenta que chegam a cinco os que lhe prometem apoio na próxima eleição, saindo ele candidato a prefeito.

Os dois são do PV (Partido Verde), mas como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, somente um será candidato (pelo PV) e outro, ou sairá por partido a optar, ou ficará fora da corrida eleitoral.

O novo mandatário da sigla, vereador Natalino da Pousada, está entre o tiroteio, mas toma providências comedidas antes de avançar no debate em torno da sucessão do prefeito Rodrigo Agostinho. Só espera a definição do colega Raul Gonçalves Paula, que por sua vez pede espaço ao Gazzetta, com um cartaz daqueles, que sempre são exibidos frente à Câmara Municipal, com os dizeres: "agora é minha vez!".

Ao presidente Natalino da Pousada, só resta chamar uma reunião para saber o quão sólidas são essas alianças e como fica a disputa interna no PV, entre o vereador e o ambientalista: dois corpos querendo ocupar o mesmo espaço, contrariando a física e até mesmo a política.

Clodoaldo Gazzetta, por mais que negue qualquer intenção em sair do PV, vive na boca dos articuladores políticos e pelo menos os principais dão como certa sua migração para o PMDB, tendo como segunda opção fundar na urbe a Rede Sustentabilidade – sigla da ex-senadora Marina Silva e enfim, pelo novo partido, sair para a disputa. Levemos em conta que o PMDB tem alguém que diz: "o lugar é meu e ninguém tasca, pois cheguei primeiro" e esse alguém é nada menos que Renato Purini, que sai da Câmara para ocupar uma secretaria da prefeitura para ter maior visibilidade, já de olho na eleição.

Por aí temos indícios de pelo menos três candidatos a prefeito e falta saber quem sairá pelo PSDB (Lima Júnior?), se o DEM dobrará com o partido de Pedro Tobias, se Roque Ferreira sai pelo seu novo partido e como fica o PT, depois do lamaçal a partir da operação Lava Jato.

Política é assim mesmo, um jogo de xadrez e os mais experientes chegam ao xeque mate, enquanto os que precisam aprender, ficam "sentados à beira do caminho" e lamentando depois do pleito com a tradicional: "não foi dessa vez".

(*) Renato Cardoso, o autor, é jornalista, publicitário e bacharel em direito.

Renato Cardoso, jornalista, publicitário e bacharel em direito.

Sou um jornalista, com foco na política e apenas porque entende que, mais do que nunca, temos que decidir de vez a questão de ética entre os homens atores que atuam no meio, levando nosso País ao patamar mais baixo possível. Vamos falar sério para que sérios sejam nossos políticos.

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