Barganha de governantes são nocivas à educação
Ao olharmos para nossos jovens e mesmo crianças, vem aquela imensa preocupação pelo descaso por parte do poder público. Não de caso pensado, mas em razão da grande miopía que acomete de prefeitos à presidente e passando pela maioria dos governadores. A falta de visão está relacionada à ocupação desse público, que sem afazer, resta-lhe as ruas e o risco em razão de abordagem que fatalmente ocorre por parte de fornecedores de drogas. Enfim o descaminho por falta de ocupação e maior tempo a mercê, nas ruas, nos shoppings, em todos os cantos. Não se precisa de gênio para enxergar e entender que a solução está bem à vista dos governantes, pois se o público alvo dos traficantes está sem ocupação, que lhe seja dado o que fazer e a solução passa por pastas que, quase que de forma geral, são moedas de troca, tendo de um lado o mando de secretarias e ministérios e, de outro, os tão necessários votos nas casas de leis. Indispensável mencionar, mas a solução passa pelas pastas de turismo, esporte e lazer e cultura que, de muicípios à presidência da república e com passagem por quase todos os governadores, são elas as que têm os menores orçamentos anuais e que, de pronto, logo em início de mandatos, vão parar em mãos de políticos e não de técnicos, profissionais de cada ramo. A mira vai em direção à pasta da educação, que até por força de lei detém o maior orçamento em todos os níveis, mas há o aspecto de se dedicar aos alunos apenas um período do dia e para a missão pedagógica, ficando sem atenção às pastas que por certo fariam com que os nossos jovens e nossas crianças se ocupassem no período ora em folga e de novo, sendo elas as de turismo, esporte e lazer e cultura. O Estado de São Paulo irá passar por ampla reformulação na pasta da educação e com reflexo em desativação de algumas escolas e até aqui não há a explicação por parte do governador, ou de alguém em seu nome, quanto a quê irá mudar e em que irá impactar essa mudança radical. Mas é sabido que ainda não, não desta vez terá Alckmin a visão de que é preciso dar ao público alvo do setor educacional, ocupação no tempo extra-curricular. Nos tempos saudáveis e de quando o Brasil respirava bons ares, com jovens praticando esporte, tocando na banda, lendo um livro e participando das ações de caráter turístico, havia o simples diferencial: as pastas citadas serviam de apoio aos educadores que, de forma conjugada e planejada, formavam as gerações com aquele resultado que não se tem mais. Não e levará tempo para que surja um oftalmologista eficaz, especializado em visão de governantes, para fazer com que lhes sejam abertos os olhos e por fim venham a concluir que a solução está alí, bem à sua frente. Cultura, esporte e lazer e turismo! (*) Renato Cardoso, o autor, é jornalista, publicitário e bacharel em turismo.