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O destino de Rodrigo


Político profissional, depois de vários mandatos como vereador e com seu segundo e último mandato para prefeito com meses contados, fica a pergunta: o que fará Rodrigo Agostinho a partir do final do próximo ano? É que ele deixará a prefeitura municipal e terá dois anos à frente, até que chegue a nova eleição.

Se não temos a resposta, ele a tem, com absoluta certeza, pois sempre foi ligado a Ongs voltadas ao meio ambiente e, com seu perfil e prestígio político, por certo, em pouco tempo encontrará alguém ou o próprio governo do estado a lhe fazer algum convite e olha não se não assumir uma secretaria do estado.

Rodrigo é um jovem de sorte e o sucesso sempre se lhe apresenta assim, do nada e, nesse sentido, poderá ocorrer de seu partido (PMDB), estar em absoluta baixa e ser para ele de maior interesse migrar para o partido do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Rodrigo soube conviver os anos de seu mandato com pés em diversas canoas, sendo uma a do PT, partido da presidente, até por conta da presença de sua vice, Estela Almagro, que honrou com o compromisso e fez a ponte até Brasília, de onde muitos recursos vieram de forma alheia ao orçamento, sendo, em grande parte, por emendas parlamentares de autoria de deputados ligados ao PT. Também manteve ótima convivência com o vice-presidente Michel Temmer, de seu partido, que sempre esteve aberto às recepções dele e sempre acompanhado de Renato Purini, que sabidamente goza de prestígio junto ao influente político.

E soube, muito habilmente, conviver com o partido opositor do governo federal, o partido que governa São Paulo, PSDB, de onde também surgiram ótimas parcerias que resultaram em benefícios para a cidade.

A sorte de Rodrigo se abriu no início da administração, com caixa em boas condições, deixado pelo antecessor Tuga Angerami. Depois, uma série de fatores ajudaram na condução da máquina administrativa, compondo de forma satisfatória o grande passivo não só da administração direta, como da COHAB, que sempre pesou na cabeça dos preocupados com a situação de Bauru.

E há um aspecto a considerar: a impetuosidade de Rodrigo Agostinho, própria da idade, que fez com que tomasse decisões até então fora dos propósitos dos antecessores, indo solucionar pendências do “viaduto inacabado” e aquisição do prédio da estação ferroviária.

Enfrentou problemas como todos os prefeitos e pegou uma Bauru que ainda será assunto pelas condições da infra-estrutura ligada ao fornecimento de água e recolhimento do esgoto, especialmente da zona sul até a Avenida Nuno de Assis. Teve ainda que enfrentar dificuldades como a relacionada com a Câmara Municipal, pois encontrou um time de vereadores com um olho nos temas de interesse da municipalidade e outro na acomodação de apadrinhados, que em razão de promessa de campanha, tiveram que acomodá-los aqui e ali, na administração pública. Este quesito tende a ser solucionado até por dois motivos: pelo fim de mandato e nada de tão importante para ser votado na “casa de leis”, em forma de compensação pelos cargos à disposição de boa parte dos edis e também porque a própria situação financeira, exposta pela mídia, assim faz com que tome decisão drástica, a ponto de ter que romper com alguns até então “parceiros”, que de certa forma facilitaram as coisas nas polêmicas discussões e aprovações pautadas nas sessões da edilidade.

A força política de Rodrigo e seu prestígio ainda em alta se dão muito por um aspecto: asfaltamento de ruas em bairros da cidade, que sem dúvida vem a ser a melhor decisão sob o ponto de vista político, pois à cada quadra em terra, recebendo asfalto, votos em favor de seu autor e ou indicado e seu índice de aprovação se mantendo em patamar satisfatório.

O prestígio de Rodrigo irá pesar sim na decisão da próxima eleição, mesmo porque poderá, conforme é de seu perfil, concluir a Estação de Tratamento de Esgoto, até antes da eleição, e de sobra asfaltar 700 quadras este ano e outro tanto no próximo e se possível até antes de “quando setembro vier”.

Rodrigo, como é um jovem de sorte, terá recursos para a construção da E.T.E., até por conta do contrato assinado e “reconhecido firma”, com autorização já expressada à Caixa Econômica Federal, que tem que honrar com sua parte e proporcionar ao atual prefeito a execução da maior obra de todas as administrações municipais, quer pelo aspecto importância, quer pelo valor da obra (R$ 130 milhões – aproximadamente).

Diante disso tudo, como novo nome com cacife eleitoral na cidade não há, os tucanos por certo o acolherão no governo estadual pelos dois anos de “vacância” política de Rodrigo, tempo suficiente para aumentar seu prestígio, num combinado que interessa do partido aos bauruenses, pois certamente, quando lá, poderemos ter o nosso tão sonhado e indispensável deputado federal, que no caso vem a ser o próprio, que já dá sinais evidentes de que esse é seu objetivo político.

Importante agora é saber quem será seu sucessor e se esse irá cumprir com sua parte, fazendo jus à confiança depositada pelo ainda muito jovem Rodrigo Agostinho… que tem chão pela frente e, é claro, com a sorte continuando em seu favor, o melhor lhe ocorrendo e ele lá, em Brasília, é o que de melhor desejamos, pois é o que Bauru de fato precisa.

(*) Renato Cardoso, o autor, é jornalista, publicitário e bacharel em direito.

Renato Cardoso, jornalista, publicitário e bacharel em direito.

Sou um jornalista, com foco na política e apenas porque entende que, mais do que nunca, temos que decidir de vez a questão de ética entre os homens atores que atuam no meio, levando nosso País ao patamar mais baixo possível. Vamos falar sério para que sérios sejam nossos políticos.

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